O deputado estadual Zé Nunes (PT) ocupou a tribuna na sessão extraordinária desta terça-feira (30) para denunciar dois aspectos da convocação encaminhada pelo governador José Sartori. A mais grave refere-se à manifestação de setores empresariais de apoio financeiro à campanha de parlamentares que votarem favoravelmente aos projetos de adesão ao regime de recuperação fiscal da União e de eliminação da exigência de plebiscito para a privatização a CEEE, Sulgás e CRM, objetos das sessões dos dias 29, 30 e 31 de janeiro.
“O processo da democracia nunca foi desrespeitado de forma tão escancarada”, afirmou o deputado, referindo-se à informação publicada em jornal de circulação estadual revelando que empresários de diferentes setores trabalham para convencer parlamentares a aprovarem o acordo com o governo de Michel Temer. O mesmo jornal informa que, embora o financiamento de campanha esteja proibido, os empresários, na condição de pessoas físicas, estariam dispostos a fazer doações para determinados candidatos tanto do Executivo quanto do Legislativo, que se alinharem a uma pretensa “visão moderna do Estado”. “Me envergonha saber que setores empresariais tentam influenciar o parlamento com base no dinheiro”, desabafou.
Zé Nunes também apontou a convocação de oito Cargos de Confiança (CCs) de cada secretaria estadual para comparecerem às galerias da Assembleias durante as sessões extraordinárias. A informação foi divulgada no mesmo periódico. “São servidores que recebem dinheiro público para trabalhar e que são deslocados de suas funções para estarem na Assembleia”, observou.
Denise Ritter Assessoria de Imprensa do deputado Zé Nunes