O Laboratório Central do Estado (IPB-Lacen), da Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde (Fepps), isolou e identificou cepa inédita de meningite no Rio Grande do Sul. Trata-se de uma variação da bactéria Neisseria meningitidis, causadora da maior parte dos casos de meningite diagnosticados no estado e no país. Essa bactéria é classificada por grupos. As mais freqüentes são dos grupos B, C, W e Y, já o Grupo X tem pouca circulação. Esse novo tipo de meningite bacteriana foi identificado pela primeira vez no Rio Grande do Sul em uma criança de três anos.
O trabalho de investigação foi feito pelo corpo técnico da seção de bacteriologia, coordenada por Loeci Natalina Timm, que atua na vigilância laboratorial de casos suspeitos de meningite no Rio Grande do Sul. Os últimos relatos do Grupo X foram no ano 2000 em Minas Gerais, em 2012 na Argentina e em 2013 em São Paulo e na Argentina novamente.
A confirmação dos resultados teve a colaboração do Laboratório de Referência Nacional, o Instituto Adolfo Lutz IAL/SP. “Essa descoberta é muito importante para a saúde pública, pois identificar uma nova cepa permite que a vigilância epidemiológica atue no monitoramento e acompanhamento de novos grupos circulantes”, explicou Loeci Timm.
Conforme o diretor Fernando Kappke, o Lacen é o laboratório de referência estadual em saúde pública, sendo importante informar a todos os serviços de saúde que o fluxo de encaminhamento de amostras ocorre pela Vigilância em Saúde: estadual e municipais. Os resultados são disponibilizados no menor intervalo de tempo possível, através do Sistema Gerenciador de Ambiente Laboratorial GAL, com acesso via WEB, 24 horas, nos setes dias da semana.
Andrea Martins Jornalista
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