(Rio Grande do Sul) Comissão em Defesa do Emprego na Região Carbonífera

Pedro Pereira defende o estabelecimento de uma política nacional que promova o carvão mineral

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Foto: Pedro Barbosa

O temor do desemprego na região Carbonífera foi tema de reunião na Comissão em Defesa do Emprego na Região Carbonífera (CDERC/RS), na Assembleia Legislativa, nesta quinta-feira (19). O encontro foi motivado em razão da possibilidade de fechamento da Usina Termelétrica (UTE) Charqueadas, da Tractebel, e da unidade da Companhia Riograndense de Mineração (CRM), em Minas do Leão. O diretor do Departamento de Inovação e Fontes Alternativas, Carlos Augusto Tavares de Almeida, representou o secretário estadual de Minas e Energia, Lucas Redecker, na ocasião.

Ficou definido que será realizada uma Audiência Pública, em data a ser definida, para debater o tema. A Secretaria de Minas e Energia vai agendar uma reunião com o governador José Ivo Sartori e buscar a viabilidade de uma agenda com o presidente da República, Michel Temer. Entre as soluções para o problema, a CDERC/RS propõe a construção de uma usina com capacidade de 350MW em Minas do Leão, através de convênio com a Eletrobras.

O líder da Bancada do PSDB, deputado Pedro Pereira, se colocou à disposição para auxiliar na busca por alternativas que evite o fechamento de postos de trabalho na região carbonífera. Pereira também defendeu o estabelecimento de uma política nacional que promova o carvão mineral. “Temos carvão mineral para mais de 200 anos e o governo federal não quer utilizar na matriz energética. E o pior, querem acabar com o que está pronto. Sou parceiro na defesa do carvão mineral”, assegurou.

Para Almeida, o quadro atual só poderá ser revertido com a mobilização da região e a adoção de uma política de Estado, que defenda a importância do carvão na matriz energética. “Não queremos usinas. Precisamos de um polo carboquímico. Nesse sentido, a Secretaria de Minas e Energia está trabalhando em um projeto que visa o desenvolvimento do carvão mineral na nossa matriz energética”, salientou.

De acordo com o coordenador da CDERC/RS e presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Oniro Camilo, as demissões devem ultrapassar a marca de 2,4 mil trabalhadores. O diretor técnico da CRM, Caio Flavio Quadros dos Santos, ressaltou que o prejuízo da empresa é de R$ 1,2 milhão por mês. Para ele, o Rio Grande do Sul possui um produto bom, com cerca de 90% das reservas do país, entretanto essa riqueza não é explorada.

Texto: Pedro Barbosa (Jornalista – MTE 15822)

Postado por: Pedro Luiz Guerreiro